março 20, 2007

Gincana decepciona calouros

Conjunto de fatores contribui para deixar público entediado. Apesar disso, havia pessoas animadíssimas com a Gincana – além de meia dúzia de calouros hiperativos, indiscutivelmente os que mais se divertiram. Equipe de CalourECO de 2007-1.

Tradicionalmente o dia mais animado e divertido da Semana de Calouros, a Gincana de 2007.1 da Escola de Comunicação da UFRJ deixou a esperar. Um conjunto de fatores fez com que o entusiasmo dos calouros, bem como do público em geral, se esvaísse.

Primeiramente, o horário de início estava previsto para 13h, mas só às 15h os fantasiados puderam ouvir as vozes dos apresentadores (ainda sem microfone, que só chegou 45 minutos depois). Um outro problema foi a questão do lugar: as Gincanas sempre aconteceram no Laguinho – um espaço aberto, mas limitado, que por isso mesmo era perfeito para a realização do evento. Por algum motivo que não foi citado, esse ano ela foi feita no Campinho, uma área muito grande, que fez com que a dispersão – palavra muito utilizada nesse dia – dos calouros fosse maior.

Provas eram batidas, sem fundamento e de gosto questionável

Provas batidas, sem fundamento (de quem foi a brilhante idéia de enterrar a bolinha que os calouros deviam procurar?!) e de gosto questionável, junto com a falta de bebida no local, também foram motivos apontados para o “fracasso” da Gincana. No decorrer das provas, por exemplo, podiam-se ver muitos calouros sentados e entediados, levando muitos deles a ir embora logo depois.


Também foi bastante criticado o desempenho dos apresentadores. A falta de carisma gerou um grande número de piadas e brincadeiras completamente desnecessárias aos calouros, muitas vezes os constrangendo mais do que o “aceitável”. No entanto, cabe frisar que ninguém era obrigado a participar de nenhuma prova ou brincadeira.
Veteranos foram indiscutivelmente os que mais se divertiram na Gincana

Janaína venceu “concurso de gemidos”

Apesar dos pesares, havia pessoas animadíssimas com a Gincana – além dos veteranos, que foram indiscutivelmente os que mais se divertiram. Janaína foi a caloura mais entusiasmada e participativa das brincadeiras, inclusive ganhando o concurso de gemidos com louvor. Segundo a própria, o que conquistou os juízes nessa prova foi a famosa frase “Vem, veterano, vem!”, que arrancou muitas risadas e aplausos do público.
Estudante do terceiro período em seção de nostalgia: “Na minha gincana só não tirei a roupa porque... Não sei, não deu”
Já na comparação com as gincanas de 2006, há polêmica. Alguns veteranos dizem que a desse ano foi mais divertida; já outros acham que as do ano passado foram melhores, como explicita uma estudante não identificada do 3º período: “Na minha não me lembro direito, tava bêbada, me entrosei muito, só não tirei a roupa porque... Não sei, não deu”. Ou não lembra!

Enfim: o desânimo geral, salvo meia dúzia de calouros hiperativos, fez com que a integração no Sujinho começasse mais cedo, fechando a Semana de Calouros com o show – ótimo, por sinal – da banda Binário.

Sobre Nossos Narizes

Crônica da equipe do CalourECO de 2007-1

A experiência de entrada na faculdade poderia ser definida por uma característica básica: impactante. Sair de um ambiente em que há certo e errado e, de repente, se deparar com outro em que não há nada a não ser a realidade e você, com seu livre-arbítrio e senso de direção, é perceber que o mundo e nós somos bem maiores do que pensávamos. Num instante, a rotina de Ensino Médio transforma-se em responsabilidades, novas experiências e maturidade – chegou a hora de crescer.

O começo das aulas já mostra diferenças em relação ao que se vive no colégio: professores faltosos, milhares e milhares de leituras a fazer e, é claro, as horas de espera gastas na fila do xerox.

O rito de passagem se materializou na Semana de Calouros, que trouxe coisas boas e ruins. O entrosamento entre calouros e veteranos se deu naturalmente e a animação dos novatos no dia do trote superou expectativas. As surpreendentes oficinas também marcaram presença. Quem dos calouros imaginou que, antes de ter a primeira aula, estaria aprendendo a filmar com enquadramento, os efeitos da luz na fotografia, gravando curtas metragens etc?

A gincana, porém, foi maçante e insossa devido ao atraso e à escassez da boa e velha “birita”, que desmascara qualquer pudico(a). Contudo, ela mostrou as caras e todo o resto na confraternização diária no, agora por todos, aclamado Sujinho, que nos levou, enfim, das aulas de física às aulas da vida.

Depois de misturar tanta leitura, aula, oficina e cerveja, finalmente chegamos em casa, percebendo não ter tempo para nada, e nos achamos entre o riso e o choro – é coisa estranha (até paradoxal) ser calouro, ser gente. Entrar na universidade – entrar na ECO – não é, porém, se perceber vivo ou ser pensante: é se perceber com sede, em alguns vários sentidos e, pela primeiríssima vez, sentir aquele gostinho agridoce de ser dono do próprio nariz.

Texto: Manuela, Fernanda, Cinthia, Seiji e Monique. Edição: Manuela, Cinthia e Kahena.

março 05, 2007

CalourECO: alunos comentam experiência

“Quando dizia que iria fazer comunicação sempre era questionado se gostava de jornalismo. Minha resposta era: Espero que sim. Essa oficina é muito interessante e o maior problema com que me deparei foi a liberdade total que tivemos. Podíamos ter feito qualquer coisa e isso foi o melhor que conseguimos em pouco mais de uma semana. Entre outras coisas boas que o CalourECO me trouxe, destaco a retomada das responsabilidades após passar seis meses a coçar... Agradeço a paciência dos colegas de oficina. Se me perguntarem de novo se gosto de jornalismo já posso responder: Até agora ótimo!” [Antônio Gouveia, 2006-2]

“A experiência de ter participado da formação de um jornal é algo inenarrável! Achei tudo maravilhoso e, claro, novo! Mas posso afirmar, com muito mais certeza agora, que estou no caminho certo e buscando a profissão certa! E confesso que mais do que qualquer outra coisa, até mesmo que escrever, eu adorei entrevistar as pessoas, é uma troca imediata de informação muito grande". [Alba de Souza Cruz, 2006-2]

“Nessa primeira semana fui muitas vezes questionada sobre o que venho achando da faculdade. Pra todos a resposta foi a mesma: “Adorando”. As oficinas, as palestras me deram a sensação de que valeu a pena o esforço, além de muita motivação a fazer algo que preste. Gostei de verdade". [Larissa Coelho, 2006-2, no dia 12/08/2006]

“Então, jornalismo... ouvindo o Gustavo falar, parecia tudo tão fácil! Mas para mim, a prática se mostrou bem mais complicada. Por mais que o caráter do nosso trabalho fosse informal, o peso de algo feito na faculdade e para a faculdade me deixou um pouco insegura. Sentava ao computador e sentia aquele frio no estômago. Felizmente, uma vez quebrada a barreira do começo, as palavras começaram a fluir. Adorei fazer parte dessa experiência. Foi ótimo trabalhar com os outros calouros, além de ter me divertido muito. Passei, também, a ter uma noção bem melhor de como as coisas funcionam. Isso foi essencial". [Thaís Paiva, 2006-2]