agosto 20, 2006

Editorial de 2006-2: como surgiu a brilhante idéia do nome “CalourECO”

Por Antônio Gouveia, Thaís Paiva, Alba Souza e Larissa Coelho

Nós da oficina de imprensa livre tivemos, como o nome mesmo diz, toda liberdade para fazer um material sobre a semana de calouros. Durante o processo surgiu a necessidade de batizarmos nosso projeto. Perfeccionistas que somos não gostamos de nenhuma das grandes idéias de nome que foram sendo sugeridas, embora muitos pudessem considerar brilhantes as opções, elas simplesmente não eram boas o suficiente para nosso seletivo grupo.

Foi então, após muito tentarmos, que nossa faceta mais genial floresceu. Que tal fazer um trocadilho com a sigla ECO? A proposta, a princípio assustadora, animou a exausta equipe. As idéias fervilhavam, quando como em grito de Eureka, a caloura Thaís explodiu num sonoro CALOURECO! Após alguns minutos para se recompor desse momento transcendental, todos nós aprovamos sem ressalvas a magnífica criação, assumindo todos os riscos.

Sabemos que pode parecer radical demais, mesmo para pessoas com a cabeça aberta como são os alunos da ECO, mas acreditamos do fundo do coração que um dia seremos compreendidos. Viemos para romper, para quebrar com os padrões e a expressão CALOURECO serve única e exclusivamente para deixar isso bem claro.

Óbvio que alguns aprovarão nossa iniciativa, logo vários trocadilhos começarão a pipocar pelos corredores, no sujinho e nas mesas de sueca. Por isso prepare-se e saiba desde já: É COntagiante.

Equipe do CalourECO entrevista calouros

Durante a Semana dos Calouros deste semestre, reflexões não faltaram aos recém-chegados. Em todos os cantos da ECO, puderam-se ver grupinhos de calouros compartilhando suas idéias e seus anseios, incitados pelo início de uma nova etapa em suas vidas.

Pensando nisso, a equipe do CalourECO aproveitou o piquenique organizado pelo CA na quinta-feira, dia dez de agosto, para entrevistar alguns colegas. Confira, abaixo, o que eles têm a dizer sobre seus planos e esperanças.

A equipe do CalourECO em 2006-2, da esquerda para a direita: Antônio Gouveia, Thaís Paiva, Alba Souza e Larissa Coelho.


Quando perguntado sobre aquilo que o diferenciava dos outros, Hugo pensou alguns segundos e, paradoxalmente, disse: “Rapidez de raciocínio”. Depois, justificou: “Eu demorei porque eu tava pensando se ia ser muito metido falar isso”. Aham. A gente finge que acredita, viu?






“Eu quero ser alguém na vida, me formando em jornalismo”. E como Felipe pretende chegar a esse status? Sendo muito legal. É, isso mesmo. “Eu sou um cara muito legal. Eu vou fazer amiguinhos, e isso vai me ajudar”.







“Eu sou uma pessoa sem objetivo, vagando por aí. Meu objetivo de vida é continuar vivo”, disse Pedro, que fez questão de sair na foto no clima do piquenique, comendo uma batatinha frita. Para ele, a falta de um interesse específico pode abrir muitas portas. “Eu não to me importando com muita coisa, então eu to aí pra qualquer coisa”.





“Quero me formar em publicidade e trabalhar com isso. Mas quero trabalhar e poder me divertir com isso, e não trabalhar para comprar minha diversão como a maioria! Bem, eu me destaco por ser extrovertido, comunicativo e sincero, o que tiver que falar eu falo...” [Pedro Jenkino]




“Comprar um Ford Fusion, morar num clube e beber no Devassa todo dia”. Esse é o objetivo de Eduardo, e ele pretende conseguir tudo isso sendo jornalista. E há quem diga que não existem mais sonhadores...”







Dona do depoimento que mais causou risos entre a produção, Renata tem o objetivo de “pegar o diploma pra ter prisão especial”. Ao saber que era uma entrevista séria, tentou se retratar, mas venhamos e convenhamos, que mal faz um pouco de previdência? Isso que é pensar no futuro.





“Expandir a minha cabeça, ter uma noção maior de uma cultura geral”. Esse é o principal objetivo de Fernanda, que espera que a UFRJ, com toda a sua diversidade, a ajude. Além da vontade de evoluir, a sinceridade é outra de suas características. “Se precisar mentir, eu meto os pés pelas mãos”. Já sabemos, portanto, que ela nunca entrará para a política...




Para Jonas, seu “trunfo” pode acabar se tornando um defeito. “Eu tento fazer as coisas o melhor possível, só que isso, às vezes, pode me empacar um pouco, porque eu fico pensando em fazer o melhor, e não saio muito do lugar”. E quem disse que o diferencial precisa ser necessariamente uma qualidade?





“Meu objetivo aqui na faculdade é me formar em publicidade e fazer muitos amigos! Pretendo, no futuro, trabalhar em uma agência dentro da minha área, inclusive estou estagiando em uma empresa que tem um projeto de comunicação! O meu diferencial é... bem, eu sou paulista, interativo, comunicativo, engraçado e criativo, acho que é isso!” [Leonardo Moulin]


Uma das respostas mais diretas que obtivemos, Marcela tem o objetivo de ser rica. Simples assim. Talvez, para isso, ela precise descobrir o seu diferencial; segundo a própria, ela ainda não sabe. Esperamos que a ECO a ajude nesse sentido.







“Meu objetivo é me formar em publicidade e trabalhar na área. Quero ganhar dinheiro e poder viajar pelo mundo. O meu diferencial é a minha facilidade de me relacionar com as pessoas, pois sou muito extrovertida e comunicativa”. [Luine Celles]


E dois integrantes do CalourECO também comentam:

“Finalmente! O cadeado do vestibular foi quebrado, as portas da faculdade nos foram abertas! Porém são tantos caminhos a se seguir, tantas novas informações e impressões... São escolhas múltiplas, envolvidas numa sensação de liberdade nova... Vejo meus sonhos e expectativas como frutos, tenho na mão sementes. À nossa volta, uma floresta inteira! Amigos calouros, para terminar, é só começar. Boa sorte a todos e mãos à obra: vamos plantar nosso futuro nesse campo especial que é a ECO.” [Larissa Coelho]

“O começo das aulas em uma universidade é acompanhado por muita expectativa e diversos tipos de emoções. Os ditos calouros, assim como eu, reagem de maneiras diferentes a esse início. Eu, por exemplo, acreditem ou não, estava apavorada. Talvez este seja o objetivo central da “semana de trote”: tranqüilizar os novatos. E mesmo que não seja, foi esse efeito que essa semana causou em mim. Afinal estou me sentindo mais à vontade dentro de um mundo que será “o meu mundo” a partir de agora, e tenho certeza de que não sou a única a me sentir assim.” [Alba Souza]

Rádio, amor e liberdade

A galera da Oficina de Imprensa Livre estava de olho na Oficina da Rádio Interferência. Fotos de Larissa Coelho:

Sombra e água fresca

Estávamos também no piquenique da Semana de Calouros. Fotos de Alba de Souza Cruz, Antonio Gouveia, Larissa Coelho, Thaís Paiva:















Pensamento da edição

Logo nos primeiros dias, nossa equipe registrou uma das frases mais importantes da semana, durante palestra para calouros:
"Se Pitágoras tivesse patenteado o ângulo reto, esse azulejo seria um crime"

Dja Dja, veterano da ECO/UFRJ, 8 de agosto de 2006, em palestra a calouros do segundo semestre de 2006, mostrando a força da comunicação popular e livre. Foto: Nossa repórter Larissa Coelho capta a essência do estúdio da Rádio Interferência.